A
classe C, que já foi ignorada pelo mercado de consumo, hoje está em evidência e
começa a ser assediada pelas empresas de produtos e serviços. Afinal, a classe
está na periferia, nos subúrbios das grandes cidades, e agora, nas faculdades e
nos shoppings, é a nova classe consumidora.
Sobre
esse assunto, o I Fórum Novo Brasil, apresentou painéis e opiniões de
especialistas sobre a classe média e baixas emergentes. O
Instituto Data Popular, apresentou tendências para o Brasil até 2022 e um
panorama atual, confira:
- As favelas passam a ser desejadas pelas empresas
Isso se deve devido a mudança do perfil dos moradores de favelas. A grande
população das favelas tem despertado o interesse do mercado, pois a soma de
todas as favelas brasileiras equivale ao 5º mais populoso estado do país.
Somente as favelas do Rio de Janeiro equivalem à 9ª maior cidade do Brasil.
Além disso, o estereótipo do morador de favela pobre, desinformado e
marginalizado também deixa de ser real e dá lugar a uma população que consome
avidamente (e conscientemente), quer cursar a faculdade e ascender socialmente.
Hoje 30% dos moradores de favelas pertencem à classe média e 11% à classe alta.
Seus 12 milhões de moradores movimentam economicamente R$ 38,6 bilhões anualmente.
O CEO da Fundação Baobá, Athayde Motta, atentou para o fato de que o Brasil
nunca passou por este fenômeno de mobilidade social.
- A participação da classe
média no aquecimento do mercado de combustíveis
O presidente da Liquigás, Antonio Rubens Silva Silvino, elucidou sobre como a
classe média teve um papel fundamental para o aquecimento do mercado de
combustíveis no país, especialmente por alguns motivos básicos como a
motorização da população, que cada vez mais compra de carros e motos; maior
acesso da população a viagens aéreas e, consequentemente, o aumento do mercado
de aviação. Tudo isso impulsionado pelo aumento das concessões de crédito,
queda nos preços reais dos automóveis, facilidade de compra de passagens aéreas
e aumento da frota.
Para a chamada classe C é muito importante ter marcas de confiança. Mas nem por
isso estes consumidores deixam de experimentar coisas novas. Para a classe
média, a marca funciona como um atestado de qualidade, mesmo porque suas
compras precisam ser certeiras, porque apesar de seu potencial consumidor, não
estão em condições de desperdiçar.
Apesar disso, 46% da classe média não tem uma marca preferida, aquela que
realmente gera identificação. Isso significa para marcas e empresas uma chance
única de adequar-se ao perfil deste consumidor tão ativo e achar subterfúgios
para ser “a cara da nova classe média”.
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