quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

ABUSO SEXUAL DE MENORES - O SILENCIO GARANTE A IMPUNIDADE



A exploração e abuso sexual de menores é um problema grave e antigo , mas só recentemente vem despertando a consciência social. No Brasil a sociedade se une promovendo movimentos de protestos contra a impunidade e o fim da indiferença ao crime sexual contra menores. O combate a esse tipo de crime é ainda um desafio. Hoje o Código Penal  tem um novo capítulo que trata especialmente do assunto de forma mais coerente com a realidade atual. Porém não basta ter uma legislação, com definição de penas, se os abusadores não são identificados. Para a punição acontecer é preciso que sejam denunciados. A denuncia é a melhor maneira de combater tais atos criminosos.
Depois que o governo federal lançou o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra crianças e adolescentes, e, o Disque 100 passou a ser operacionado teve um aumento significativo nas denuncias e consequentemente mais abusadores foram punidos.  Mas ainda a consciência social é restringida. Muitas pessoas são omissas, mesmo tendo conhecimento de fatos ou suspeita de violência sexual infantil e juvenil não denunciam, por medo de represaria ou motivo de abster-se . É importante saber que a violência sexual constitui uma agressão ao bem-estar do menor que requer uma resposta rápida. Para isso é necessário que a sociedade tenha atitudes firmes e responsáveis. Escolher a postura correta ao ter conhecimento de ato de violência cometida contra crianças e adolescentes.
Quando eventualmente o menor decide contar a alguém os abusos sexuais, muitas vezes já se passou muito tempo do ato violento, o que comprometerá a perícia médica legal. Depois da denuncia formalizada a criança ou adolescente é encaminhada para um médico legista que irá realizar o exame médico-legal e envia-lo posteriormente para seguir os trâmites legais.
Ao suspeitar o abuso ou exploração sexual de menores é importante tirar a vítima do convívio do suspeito agressor, porque no percurso da comprovação se o menor continuar a conviver com ele, poderá originar a perda de indícios e provas, que poderão prejudicar a incriminação do autor, ou até uma atitude drástica da parte dele para se livrar das provas. Para preservar a integridade física do menor é bom afastá-lo imediatamente do possível abusador, mesmo que seja apenas suspeita.
 
ABUSADOR 
O abusador sexual na maioria das vezes é uma pessoa normal, querida pelas crianças e pelos adolescentes. Não tem um perfil definido, é geralmente adulto, que tem uma relação de proximidade com a família.
Raramente usa a violência física como estratégia, no entanto o criminoso cria com o menor e com a família uma relação de amizade, passando depois a subornos, enganos e ameaças.
Portanto, o abusador é uma pessoa comum, que geralmente leva uma vida social normal. 
 
SINAIS
Pode ser identificado o abuso ou exploração sexual observando sinais que o menor apresentará: Ansiedade excessiva; pesadelos; dificuldade de dormir; perda ou excesso de apetite repentino; fazer xixi na cama; problemas intestinais; presença de sangramento; doenças sexualmente transmissíveis; gravidez; infecções ou dores abdominais ou na região genital; comportamento muito agressivo ou muito isolado; dificuldade de concentração; comportamento sexualmente explícito (demonstra conhecimento sobre sexualidade inapropriada para a idade); brincadeiras sexuais agressivas; relutância em voltar para casa; não confiar em adultos especialmente os que lhe são próximos; ideias e tentativas de suicídio; autoflagelação (machucar-se por vontade própria); hiperatividade, ou seja, não consegue parar de se mexer; fugas de casa. 
 
ALERTA 
É muito difícil que uma criança ou adolescente fale que está sendo abusada sem quede fato esteja, também não fantasia sobre abuso sexual. Portanto os responsáveis por esse menor e seus educadores devem acreditar na sua revelação se ela acontecer. Eles precisam se sentir acolhidos e seguros para se recuperarem do sofrimento que viveram.
 
CONSEQUÊNCIAS 
Independente da forma de abuso ou de exploração sexual, sempre haverá traumas que podem ser irreversíveis, ou seja, o sofrimento poderá permanecer para sempre na vida dessas crianças e adolescentes. 
Sofre com sentimento de ser má, suja e de pouco valor; sentimento de culpa e vergonha; perda de confiança em outras pessoas; medo constante de sofrer novo abuso. 
As reações podem começar imediatamente ou depois de um tempo.  
 
DENUNCIAS 
Abuso físico é, geralmente, repetitivo e a sua severidade tende a aumentar com o tempo. Qualquer lesão suspeita deve ser adequadamente  investigada.  
A denuncia é a única forma e a mais correta de se impedir que o abusador continue a praticar seus atos, e, que seja punido pela justiça. É somente denunciando que pode-se combater o problema. 
 A maioria dos casos não é denunciado. Quando há envolvimento de familiares, é mais difícil que a vítima consiga denunciar, por motivo afetivo, por medo ou ser desacreditada pela família. 
Toda a sociedade é responsável e tem o dever de denunciar. 
E, se teve conhecimento ou suspeitou que uma criança ou adolescente está sendo abusada sexualmente, mas não denunciou, saiba que poderá sofrer penalidades. É que diz o Artigo 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
 
FONTE: Cartilha da campanha contra o abuso sexual e psicóloga Cristina Camões (psicologia.com.pt)


 
 
O abuso e a exploração sexual de crianças adolescentes é crime e dá cadeia.
Não fique em silêncio, denuncie!
 
 
 

           DISQUE DENÚNCIA. SIGILO ABSOLUTO.
Nacional: Disque 100
Estadual: Disque 0800 647 1323
Municipal:
CREAS: 0800 647 0444
Casa dos Conselhos: 67 3411-7144
Polícia Rodoviária Federal: Disque 181
Polícia Militar: Disque 190
Guarda Municipal: Disque 199
Conselho Tutelar:
Disque 0800 647 7142 
Disque 67 3411-7140
Plantão 67 8468-6145 

 

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