Esta é uma pergunta comum entre os religiosos. Histórias como a de Saul atormentado por um espírito maligno, ou como a Zeerom que ardia em febre devido a uma forte angustia mental causada por sua iniquidade, podem trazer a crença de que os sintomas de depressão são provenientes do pecado.
Em contra partida, algumas situações
familiares, onde crianças ou adultos simulam uma doença ou mal estar com
objetivo de chamar atenção, levam a crença que sintomas de depressão possam ser
fingimentos.
Ambas as situações, são possíveis.
Porém, a maioria das depressões está associada à falta de substâncias no
cérebro como a serotonina, que é responsável pela sensação de bem estar e
recompensa. Uma pessoa que apresente, devido a característica de seu próprio
corpo, uma produção menor dessas substancias, quando submetida a ambiente
estressante e hostil, na família, igreja ou trabalho, podem desenvolver
depressão.
Nem sempre a depressão se apresenta como
tristeza. Os sintomas mais comuns são: queda de rendimento e produtividade nas
atividades cotidianas; sensação de recompensa ou felicidade com atividade que
antes as traziam e falta de interesse por atividades que anteriormente eram
motivadoras. Transtorno do sono; alimentação; irritabilidade excessiva e fúria
também são outros sintomas.
Embora o evangelho e a influência do
Espírito Santo sejam valiosos e possam trazer cura, alguns casos necessitarão
de acompanhamento médico e psicológico. Pecado pode gerar angustia e tormento
capazes de levar a pessoa pré-disposta à depressão, mas também precisamos
lembrar de historias como Ana, mãe do Profeta Samuel, que mesmo não estando em
pecado, chorava frequentemente e sofria por ser estéril.
Portanto, a maioria das depressões não
está relacionado ao pecado.
Luciano Sankari
Médico
Cardiologista
CRM
19930-PR
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